Ações de Redução da Sinistralidade na Saúde Suplementar X Utilização de BI de Dados

A redução da sinistralidade na saúde suplementar é um dos principais desafios enfrentados pelas operadoras de planos de saúde. Com o aumento dos custos assistenciais e a pressão para manter a sustentabilidade do sistema, a implementação de ações estratégicas e a utilização de ferramentas de Business Intelligence (BI) de dados tornaram-se indispensáveis para otimizar o uso dos recursos e melhorar a qualidade do atendimento.

10/1/20243 min read

laptop computer on glass-top table
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A redução da sinistralidade na saúde suplementar é um dos principais desafios enfrentados pelas operadoras de planos de saúde. Com o aumento dos custos assistenciais e a pressão para manter a sustentabilidade do sistema, a implementação de ações estratégicas e a utilização de ferramentas de Business Intelligence (BI) de dados tornaram-se indispensáveis para otimizar o uso dos recursos e melhorar a qualidade do atendimento. Aqui está uma análise de como as ações de redução da sinistralidade se conectam com o uso de BI de dados:

1. Gestão de Risco de Beneficiários

A gestão de risco é uma das principais frentes na redução da sinistralidade. Operadoras podem identificar grupos de beneficiários com maior propensão a desenvolver doenças crônicas ou condições que resultem em internações frequentes e tratamentos caros. Com o uso de BI de dados, é possível:

Analisar históricos de saúde, comportamento de uso dos serviços e padrões de tratamentos para identificar esses grupos de risco.

Aplicar modelos preditivos que indicam quais pacientes estão mais suscetíveis a complicações, permitindo intervenções preventivas.

Implementar programas de prevenção e acompanhamento, como ações de promoção de saúde, que evitam o agravamento de doenças e o uso intensivo de internações.

2. Monitoramento de Custos Assistenciais

O BI permite o monitoramento contínuo e detalhado dos custos assistenciais, oferecendo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas. Por meio da análise de dados:

As operadoras conseguem identificar procedimentos de alto custo, internações prolongadas e o uso excessivo de exames e medicamentos.

A análise de tendências ajuda a descobrir áreas onde é possível negociar melhores condições com prestadores de serviços ou implantar medidas de eficiência, como revisão de protocolos e uso de medicamentos genéricos.

O BI também ajuda a identificar fraudes e abusos nos processos de faturamento, evitando desperdícios.

3. Controle de Reinternações e Desospitalização

As reinternações aumentam consideravelmente os custos e a sinistralidade das operadoras. O BI auxilia no controle e prevenção de reinternações ao:

Monitorar os dados de alta hospitalar e prever quais pacientes têm maior risco de voltar ao hospital, permitindo a implementação de ações preventivas, como cuidados domiciliares e acompanhamento remoto.

Analisar os motivos das reinternações e ajustar os protocolos clínicos ou o processo de desospitalização para evitar que o problema se repita.

Avaliar o impacto de programas de internação domiciliar e cuidados paliativos na redução dos custos hospitalares.

4. Eficiência no Uso de Recursos

O BI permite otimizar o uso de recursos por meio de análises que revelam onde estão as maiores ineficiências no atendimento. Com dados sobre a alocação de recursos hospitalares e o uso de equipamentos e medicamentos, as operadoras podem:

Identificar onde estão ocorrendo desperdícios ou ociosidade de recursos, como leitos hospitalares ou médicos em determinadas especialidades.

Analisar a utilização de equipamentos médicos, como exames de imagem, e ajustar a demanda para evitar excessos ou subutilização.

Planejar melhor a alocação de médicos e enfermeiros de acordo com os picos de demanda, garantindo que os pacientes sejam atendidos de forma ágil e eficiente.

5. Programas de Promoção de Saúde e Prevenção

O BI permite que as operadoras de saúde suplementar implementem programas de promoção de saúde e prevenção de forma mais eficiente e direcionada. A análise de dados possibilita:

Segmentar os beneficiários com base em suas condições de saúde e comportamentos, criando programas personalizados que incentivam hábitos saudáveis e prevenindo doenças crônicas.

Avaliar o sucesso desses programas, monitorando se os participantes realmente reduziram o uso de serviços de saúde de alto custo e melhoraram sua qualidade de vida.

Reduzir a sinistralidade ao focar em prevenção, evitando tratamentos caros e internações futuras.

6. Análise Preditiva para Redução de Sinistralidade

O uso de BI de dados combinado com técnicas de machine learning permite que as operadoras façam análises preditivas e simulações para prever cenários de risco e sinistralidade. Isso possibilita:

Antecipar picos de demanda e ajustar a rede de prestadores de serviços para atender com eficiência os beneficiários.

Identificar tendências em sinistros futuros, possibilitando ajustes no valor dos planos ou na cobertura de serviços, de forma preventiva.

Simular o impacto financeiro de diferentes ações ou mudanças regulatórias, permitindo decisões baseadas em dados concretos.

Conclusão

A combinação de ações estratégicas de redução de sinistralidade com o uso de Business Intelligence de dados cria um cenário onde as operadoras de saúde suplementar conseguem melhorar a gestão dos seus recursos, promover o cuidado preventivo e tomar decisões embasadas para garantir a sustentabilidade do sistema. O uso de dados como base para identificar tendências, riscos e oportunidades torna o BI uma ferramenta essencial na busca pela eficiência e na manutenção do equilíbrio financeiro no setor de saúde.