Atuação na Desospitalização: Uma Ferramenta Importante na Redução da Sinistralidade da Saúde Suplementar
A desospitalização tem se mostrado uma estratégia fundamental na gestão de saúde suplementar, especialmente quando o objetivo é reduzir a sinistralidade — a relação entre os custos assistenciais e a arrecadação das operadoras de planos de saúde
5/27/20253 min read


A desospitalização tem se mostrado uma estratégia fundamental na gestão de saúde suplementar, especialmente quando o objetivo é reduzir a sinistralidade — a relação entre os custos assistenciais e a arrecadação das operadoras de planos de saúde. A desospitalização envolve a retirada planejada e segura de pacientes do ambiente hospitalar, transferindo os cuidados para o domicílio ou unidades de menor complexidade, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos e garantindo a continuidade do tratamento.
1. Redução dos Custos com Internações
Um dos principais impactos positivos da desospitalização está na redução de custos associados às internações hospitalares prolongadas, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI) e leitos de alta complexidade. Pacientes que permanecem no hospital por longos períodos aumentam significativamente os custos operacionais, especialmente devido à necessidade de cuidados intensivos, uso de equipamentos caros e monitoramento contínuo.
Ao transferir pacientes estáveis para o ambiente domiciliar ou para unidades de cuidados intermediários, os custos caem substancialmente, já que a manutenção dos tratamentos em casa requer menos infraestrutura e, muitas vezes, pode ser realizada com o apoio de equipes multidisciplinares, como enfermeiros, fisioterapeutas e cuidadores.
2. Promoção do Cuidado Continuado
A desospitalização não se resume à alta hospitalar. Ela envolve a criação de uma rede de apoio que garante o cuidado continuado do paciente, seja em casa ou em uma instituição de menor complexidade. Programas de internação domiciliar e cuidados paliativos são exemplos de como esse processo pode ser estruturado. Além de melhorar a qualidade de vida do paciente, esses programas evitam reinternações e complicações, reduzindo assim os custos a longo prazo.
3. Prevenção de Reinternações
Um dos grandes desafios das operadoras de saúde suplementar é a reincidência de internações, que aumenta significativamente a sinistralidade. A desospitalização bem planejada, com monitoramento constante do paciente em casa e apoio de profissionais de saúde, ajuda a prevenir essas reinternações. A implementação de telemonitoramento, por exemplo, permite acompanhar o estado de saúde do paciente em tempo real, ajustando o tratamento sempre que necessário e evitando agravamentos que levem a novas internações.
4. Benefícios para a Qualidade de Vida dos Pacientes
Além dos benefícios financeiros, a desospitalização também traz melhorias significativas para a qualidade de vida dos pacientes. Estar em casa ou em um ambiente menos hospitalar pode acelerar o processo de recuperação, minimizar o risco de infecções hospitalares e proporcionar maior conforto emocional ao paciente e à sua família. Essa abordagem centrada no paciente é mais humanizada e reflete positivamente na percepção de qualidade dos serviços de saúde oferecidos.
5. Desafios e Soluções
Embora a desospitalização seja uma estratégia eficaz, sua implementação enfrenta desafios como a necessidade de um planejamento cuidadoso e a criação de uma infraestrutura adequada para o atendimento domiciliar. É crucial que as operadoras invistam em capacitação de equipes, tecnologias de monitoramento remoto e parcerias com serviços de home care. Além disso, a educação dos pacientes e seus familiares sobre os cuidados necessários no domicílio é fundamental para o sucesso do processo.
Conclusão
A desospitalização é uma ferramenta estratégica na saúde suplementar, que ajuda a reduzir a sinistralidade ao diminuir custos com internações prolongadas e reinternações, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Para que essa prática seja bem-sucedida, é necessário um planejamento integrado, investimento em tecnologias e o envolvimento de equipes multidisciplinares. Ao adotar essa abordagem, as operadoras de saúde conseguem não apenas garantir a sustentabilidade financeira, mas também oferecer um cuidado mais humanizado e eficiente para seus beneficiários.